segunda-feira, 17 de junho de 2013

O polígrafo ao serviço da justiça

Polígrafo e a justiça
Existem muitas ideias e legendas urbanas sobre o polígrafo e a utilização de este instrumento na justiça.

“Não é valido, não é legal, é ilegal, não é considerado, não se utiliza”: são as formas mais usadas quando se referem ao polígrafo no âmbito legal.

Mesmo assim vale a pena perder um pouco mais de tempo na hora de analisar a utilização do polígrafo e sobre todo fazer-se a pergunta por que em outros países, e muitas vezes países avançados nas garantias dos direitos humanos, diferentes atores nos procedimentos legais utilizam o polígrafo.

Na atualidade, o polígrafo utiliza-se em mais de 60 países como; Canadá, México, Argentina, Chile, Colômbia, Japão, China, Coréia, Austrália, Israel, África do Sul, Rússia, Polônia,Romênia, Rep. Checa, Croácia, Reino Unido, Itália, Alemanha, França e Espanha entre outros... Países como os Estados Unidos, são utilizados em “Policias, empresas de seguridade, de aviação, Funcionarios Públicos, etc. e inclusive as agencias sub-governamentais como: F.B.I.,  C.I.A.,  D.E.A., para enumerar alguns.

Porquê países como os Estados Unidos, Israel, Colômbia, México para enumerar alguns fazem apelo ao polígrafo em questões legais? Como o utilizam e em que condições?

Quando falamos de justiça, estamos falando nas três partes que normalmente estão envolvidas no processo: a acusação, a defesa e o juiz.

A acusação também inclui as forças da ordem como pode ser policia, seja esta local, estatal ou federal dependendo do local e tipo de crime que foi cometido e que se deve investigar e julgar.

Estes diferentes atores como podem utilizar e como utilizam o polígrafo? É importante indicar antes de entrar na matéria que o que explicaremos mais adiante, são aplicações reais do polígrafo por parte das autoridades. Isto não significa que no Brasil também seja o caso. Estes exemplos são tomados desde a experiência em diferentes países do mundo com mais ênfase nos Estados Unidos.


1. A aplicação do teste do polígrafo por parte da acusação:

Partimos do ponto de vista que estamos tratando crimes e que a acusação é normalmente levada a cabo pelo ministério público com todas as ferramentas que este tem ao seu dispor para resolver um caso.
Nestes casos normalmente o teste do polígrafo é utilizado no momento da instrução ou investigação do crime com ferramenta de interrogatório.

a. Ferramenta de interrogatório

Polígrafo e o interrogatorio
Os oficiais podem oferecer ao suspeito ou aos suspeitos, sem que estes tenham sido acusados formalmente submeter-se a um teste do polígrafo para confirmar que realmente o suspeito ou os suspeitos são inocentes do crime.
O polígrafo é utilizado pelos inspetores, detetives para eles poder obter mais informação com respeito à sua investigação. 

No caso que o suspeito não passe o teste do polígrafo os investigadores terão mais convicção sobre o fundamento das suas suspeitas e poderão utilizar recursos públicos para a investigação de forma mais eficiente e eficaz. 

No caso de que o suspeito passe o teste do polígrafo os investigadores podem reavaliar a sua investigação e talvez procurar novas informações com respeito ao autor do crime visto que talvez se esteja seguindo a pista errada.

Na fase de instrução o polígrafo é utilizado para descartar, confirmar, reavaliar a investigação e de esta forma economizar recursos públicos no caso se esteja seguindo informações falsas dadas pelo suspeito interrogado.
Na Bélgica, por exemplo, a utilização do polígrafo pela policia judiciária está regulada por uma circular COL 3/2003 do 6 de maio de 2003 e é considerada como uma ferramenta de interrogatório. (Ver www.nicc.fgov.be Instituto Nacional para criminalística e criminologia)

b. Ferramenta de prova

Em casos que tratam sobre comportamento criminoso o ministério público pode propor ao acusado de se submeter a um teste do polígrafo para lhe dar uma oportunidade de defender a sua versão.

Em casos onde é a palavra de uma pessoa contra a palavra de outra pessoa, por exemplo, em casos de violação, pedofilia, abuso sexual, crimes sexuais em geral, o fiscal pode oferecer ao acusado realizar um teste do polígrafo e propor que ambas as partes, tanto o ministério publico como a defesa possam utilizar o exame do polígrafo durante o julgamento, sempre e quando aceite pelo juiz.

No momento que as duas partes estejam de acordo com respeito à utilização do teste, este pode ser debatido em tribunal.

2. A aplicação do teste do polígrafo por parte da defesa:

Advogado Defesa
A defesa muitas vezes recorre a um exame do polígrafo para defender o seu cliente.

Em casos onde as acusações contra o seu cliente são simplesmente depoimentos e não existem provas físicas e o advogado confia na inocência do seu cliente, este pode sugerir ao seu cliente a realização de um teste do polígrafo para provar a sua inocência. 

Este é um procedimento muito comum num país como os Estados Unidos.

Aqui existem duas possibilidades:

  • No caso o cliente passe o teste do polígrafo, isto indica que o seu cliente pode estar dizendo a verdade e que o advogado deve analisar melhor as provas dadas pela outra parte para procurar as contradições no depoimento.
  • No caso o cliente não passe o teste, isto pode indicar ao advogado que o seu cliente pode estar fugindo das suas responsabilidades e o advogado terá tempo para redesenhar a sua estratégia de defesa.


3. A aplicação do polígrafo por parte do poder judicial:

O poder judicial também utiliza o polígrafo para ajudar a aplicar uma melhor justiça. Mesmo se todos os testes do polígrafo são voluntários, incluso aqueles realizados por ordem do ministério público ou por petição da defesa o juiz tem a capacidade de exigir a alguém de realizar um teste de polígrafo em certas condições.

a. Liberdade condicional

Um bom exemplo é o sistema de liberdade condicional que é aplicado a agressores sexuais em certos Estados dos Estados Unidos.
Quando é consentida a liberdade condicional a um preso (que por tanto já foi condenado), normalmente um condenado de um crime sexual, o juiz exige ao agressor sexual que seja submetido a testes do polígrafo periódicos, em quanto cumpre a sua pena, mesmo se em liberdade condicional.
O agressor sexual é então seguido por um psicólogo, um oficial da policia e um técnico do polígrafo que se asseguram que o condenado não reincidia e está cumprindo com as condições de liberdade condicional, tanto as condições de tratamento terapêutico como as condições administrativas impostas pelo sistema penitenciário. 

b. Esclarecer casos

O juiz pode também oferecer ás partes de se submeter ao teste do polígrafo para saber quem está dizendo a verdade e quem está mentindo. Isto pode ser muito prático, quando a través das respostas das partes o juiz não obteve suficiente confiança com respeito a quem diz a verdade e quem mente.
A verdade é que os testes do polígrafo são utilizados, o diário, por diferentes atores da justiça, em diferentes temas legais e em diversos países. 
Esta realidade não deve mudar tão rápido visto que responde a uma necessidade real dos juízes: Fazer justiça.

Um profissional, psicofisiólogo forense e o seu polígrafo são sem nenhuma duvida uma grande ajuda para a justiça.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

É o polígrafo uma maquina da verdade ou um detetor de mentiras?

O polígrafo é um aparato que é conhecido em diferentes formas e com diferentes nomes. Visto a utilização do polígrafo em muitos programas de televisão e filmes, este instrumento tem tido todo tipo de qualificações e denominações, as mais populares são maquina da verdade incluso maquina da mentira e detetor de mentiras.

Ambos estes termos de maquina da verdade ou de detetor de mentiras não se referem ao instrumento em si, mas ao objetivo da utilização do polígrafo, é dizer qual é o fim para o qual o polígrafo é utilizado.

O polígrafo realmente é uma maquina da verdade ou um detetor de mentiras?

Vamos analisar esta questão um pouco mais em profundidade.

O que é o polígrafo, porque se chama polígrafo?

O polígrafo é um instrumento médico que registra e mede reações, alterações fisiológicas em seres humanos. O significado da palavra polígrafo significa: muitas escrituras (poli=muitos; grafo=escritura). Estas escrituras são os registros que este instrumento plasma em forma de linhas continuas num gráfico, que pode ser em papel ou em forma digital na tela de um computador.

As reações fisiológicas que o polígrafo mede são reações que são consequência do sistema nervoso autônomo que sucedem quando alguém sente uma ameaça. Por tanto, o polígrafo, o que realmente mede são alterações fisiológicas no organismo humano.

Depende do objetivo, é dizer do uso que se dá ao polígrafo para realmente utilizá-lo para descobrir se uma pessoa está sendo honesta no seu depoimento, declaração ou testemunho.

Por tanto, o polígrafo não é nem uma maquina da verdade, nem um detetor de mentiras. É um instrumento médico que registra o comportamento de órgãos vitais do organismo humano.

Sendo assim, este instrumento pode ser utilizado para testar a honestidade do depoimento de alguém, sempre e quando o profissional que o utiliza, coloque a informação adequada para testar o grado de honestidade. É dizer o resultado, como em muitas outras coisas da vida, depende da intenção que se procura.

Com o Input correto se pode obter o Output procurado.

Esta é a razão porque o técnico do polígrafo ou poligrafista necessita saber aplicar as possibilidades que oferece este instrumento para saber se uma pessoa está mentindo ou dizendo a verdade.

No caso os procedimentos corretos forem seguidos o polígrafo permite obter uma prova clinica do depoimento de um individuo. É dizer que a historia, depoimento, declaração ou testemunho de alguém não só é avaliada pela sua consistência, concordância e congruência, mas igualmente testada fisiologicamente o que permite um resultado clinico.

Esta prova clinica ou teste clinico com polígrafo é obtido em forma de gráficos, impressos em papel ou em formato digital. Estes gráficos são interpretados pelo técnico com o subsequente diagnostico. No caso o técnico tenha realizado o teste do polígrafo de forma a testar o depoimento de um individuo, este pode dar uma opinião profissional sobre o grau de desvio do nível de ansiedade por parte do examinado com respeito ao tema tratado. Este análise permite dar uma opinião sobre o grau de possibilidade de engano, o que se traduz normalmente nos resultados “Engano detetado” ou “Engano não detectado”.

É importante perceber estes dois resultados:

Engano detetado significa que depois de testar clinicamente (com polígrafo) o depoimento do examinado existem indícios claros de uma atividade do sistema nervoso autônomo por em cima do normal. Isto significa que o examinado não passa o teste do polígrafo e se pode interpretar que não foi completamente honesto na sua versão.

Engano não detetado significa que depois de testar clinicamente (com polígrafo) o depoimento do examinado as reações recolhidas do sistema nervoso autônomo estão dentro do padrão normal do examinado, o que significa que o examinado passa o teste e se pode interpretar que a versão dada pelo examinado corresponde a verdade.



Não se pode obviamente impedir a utilização dos sinônimos “maquina da verdade” ou “detetor de mentiras” por parte dos meios de comunicação nem do publico em geral, sem embargo é importante perceber que o polígrafo, antes de tudo, é um instrumento médico que mede e registra reações fisiológicas e que pode ser utilizado para avaliar depoimentos.

A aplicação de este instrumento na avaliação de depoimentos depende do objetivo do teste desenhado por parte de um profissional, técnico do polígrafo (psicofisiólogo forense) para testar e avaliar os depoimentos de indivíduos.

Por tanto, o polígrafo não é uma maquina da verdade nem um detetor de mentiras, mas pode ser utilizado para chegar ao mesmo resultado ou objetivo, é dizer testar clinicamente a honestidade de alguém.

Para mais informação sobre o poligrafo por favor visitar: Poligrafo Brasil.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O polígrafo para empresas de segurança no Brasil


Transporte de valores
As empresas de segurança têm sido um utilizador fiel do polígrafo ao longo dos anos. Especialmente empresas que também oferecem o serviço de transportes de valores consideram um poligrafista como um sócio estratégico para um cumprimento seguro das suas funções e serviços.

Estas empresas estão acostumadas a se enfrentar a riscos diários no desenvolvimento das suas funções e conhecem todas as ameaças às quais podem ser confrontadas. Esta é uma das razões principais por que as empresas de segurança utilizam o polígrafo, a necessidade de prevenir riscos e minimizar perdas.

O polígrafo é aplicado em empresas de segurança em dois níveis, prevenção e investigação. 
Vigilante de segurança
Empresas de segurança recorrem ao teste do polígrafo na hora de contratar funcionários que vão ocupar posições vulneráveis e expostas a riscos externos. Posições onde fuga de informação e roubos podem criar grandes perdas para a empresa e os seus clientes, as empresas que prestam o serviço de vigilância ou segurança se asseguram antes de contratar um funcionário que este não teve no passado um comportamento que pode causar problemas futuros tanto ao empregador como ao cliente onde pode vir a cumprir a sua função.

“O teste de polígrafo de seleção ou pré-emprego” é administrado a candidatos para se assegurar que estes candidatos não têm comportamentos erráticos que podem vir a causar problemas futuros. Temas analisados num teste de polígrafo de seleção ou pré-emprego podem ser:

  • Roubos ou furtos cometidos em empresas anteriores
  • Transmissão de informação confidencial
  • Confirmação da informação aportada no currículo
  • Antecedentes criminais
  • Consumo de substancias ilícitas no lugar de trabalho
  • Baixas falsas
  • Vínculos com grupos à margem da lei
  • Atos criminais não detectados
  • Etc...


Empresas de vigilância, transportes de valores, segurança ou até de guarda-costas também utilizam um segundo tipo de teste do polígrafo que também se aplica como prevenção de riscos, o “teste de polígrafo de seguimento”. Este exame de polígrafo de seguimento do funcionário avalia o comportamento do funcionário com respeito ao cumprimento das políticas, regras ou normas internas da empresa. Especialmente para cargos de muita importância e risco, estes exames são muito utilizados para prevenir ou detectar qualquer perigo iminente.

  • Vínculos com grupos à margem da lei ou bandas organizadas
  • Atos criminais não detectados
  • Roubo na empresa
  • Transmissão de informação confidencial
  • Comportamentos contra a política, normas e código de ética da empresa.


Infelizmente, mesmo utilizando todos os meios de prevenção imagináveis, ocorrem sinistros ou episódios negativos nas empresas de segurança. Nestes casos as empresas de segurança apelam a um poligrafista para confirmar, aclarar ou ajudar a investigar um caso concreto. Um “teste de polígrafo especifico” é aplicado para ajudar a investigar e resolver um caso. Estes testes de investigação são normalmente aplicados em casos como:

  • Roubos ou furtos sucedidos dentro da empresa ou em clientes
  • Fuga de informação confidencial
  • Ato de vandalismo e sabotagem
  • Abuso de poder
  • Abuso/Acoso sexual no lugar do trabalho
  • Ato com consequências civis ou penais para a empresa


Centro de controle de segurança
Todos estes casos antes mencionados são muito comuns para empresas de segurança, o que faz do poligrafista um sócio estratégico para estas empresas que utilizam o serviço de teste do polígrafo em diferentes áreas para controlar os seus riscos e investigar a razão de perdas. Uma empresa de segurança e vigilância no Brasil e que oferece os seus serviços tanto no mercado brasileiro como em países limítrofes necessita ter um controle muito aproximado e estrito dos seus funcionários e de esta forma realmente poder garantir o serviço de confiança e segurança que está oferecendo aos seus clientes. Saiba mais em como o polígrafo pode também ajudar a sua empresa de segurança em Polígrafo Brasil.

O polígrafo e a Confiança


Instrumento poligrafo completo
O polígrafo também conhecido como maquina da verdade ou detector de mentiras é um instrumento muito utilizado na sociedade moderna. Mesmo se há algumas décadas atrás a sua utilização era primordialmente realizada nos Estados Unidos e por agencias do governo, isto se veio alterar com a proliferação não só do instrumento em si, mas também dos conhecimentos necessários à aplicação de testes fiáveis.


A pergunta, no entanto, é por que existe um polígrafo ou por que recorremos a um instrumento para saber se as pessoas estão sendo honestas ou não?

O polígrafo existe por que diferentes pesquisadores através da historia perceberam que a ansiedade gerava reações fisiológicas no organismo humano e que estas reações podiam ser registradas através de diferentes medidores.
No momento que podemos medir ansiedade a uma situação podemos também de certa forma medir um aumento da ansiedade quando uma pessoa está dizendo uma mentira ou intentando enganar.
O polígrafo que é um instrumento que registra alterações fisiológicas pode medir esse aumento de ansiedade e assim dar informação sobre o grado de ansiedade de alguém com respeito a um assunto definido.

Mas por que é tão importante saber se uma pessoa está enganando?

A razão de querer saber com certeza e confiança se uma pessoa está sendo honesta ou a mentir tem haver com uma procura de justiça. Queremos tomar decisões, quando somos chamados a tomá-las, que estão baseadas em informação verídica e por tanto procuremos aumentar o grau de confiança nas nossas decisões.

Um gerente de recursos humanos que está a ponto de contratar um funcionário quer ter a certeza que o futuro empregado não o está enganando no seu currículo e entrevista, um juiz que toma a decisão sobre um caso de homicídio quer ter a certeza que não está condenando à pessoa errada, um namorado a ponto de se casar para o resto da sua vida quer ter a certeza que sua prometida realmente não o tem tracionado com respeito ao seu passado.

Existem mil e uma situações na vida nas quais precisamos de tomar uma decisão importante e não queremos errar. Todas estas situações exigem que tenhamos confiança sobre a informação que conhecemos e nos apoiamos para tomar essas decisões.

Seria tudo mais fácil se as pessoas fossem honestas com respeito aos seus atos ou intenções mas todos sabemos que um funcionário que tem demonstrado comportamentos erráticos em empresas anteriores não vai querer de forma voluntária ressaltar esse aspecto numa entrevista de trabalho, que um homicida com toda probabilidade vai manter até o fim que é inocente e que uma empregada doméstica não vai querer assumir que bateu num dos nossos filhos.

Isto tudo faz que particulares, empresas e entidades publicas muitas vezes tenham que recorrer a profissionais para confirmar depoimentos, versões de pessoas para de esta forma ser mais justos nas suas decisões e atuações.
O polígrafo é sem nenhuma dúvida o meio mais cientifico que existe para medir o grau de honestidade de alguém, é o melhor meio para medir a confiança de forma científica. 

Por isso o slogan de Polígrafo Brasil é: Polígrafo Brasil “Confiança com Ciência.”

O polígrafo na TV no Brasil


Poligrafo em Hollywood
O polígrafo é um instrumento que não deixa ninguém indiferente. Todas as pessoas que alguma vez viram aplicar-se um teste de polígrafo parecem ter uma ideia sobre a utilização do polígrafo. Este instrumento, utilizado em diferentes filmes de Hollywood, deixando impacto em milhares de espectadores, assim como em diversos programas de televisão, promete descobrir se uma pessoa está dizendo a verdade ou a mentir. É natural que tenhamos uma opinião sobre um instrumento que diz detectar um comportamento com o qual cada ser humano é confrontado: o engano ou a mentira.

Existe, no entanto, uma grande diferença entre a utilização do polígrafo para programas da televisão, filmes de longa metragem e a aplicação de esta ciência na vida real. Se em filmes de Hollywood e na televisão estes instrumentos são utilizados como cenas de máxima tensão e onde a honestidade de uma pessoa é testada, na vida real um teste de polígrafo tem um procedimento estrito, definido e é realizado em toda privacidade.

Programa da Márcia
No Brasil, a utilização do polígrafo na televisão brasileira se tornou muito popular com programas como “Nada além da verdade”, apresentado por Carlos Roberto Massa na SBT ou o “Programa da Márcia”, apresentado por Márcia Goldschmidt na BAND. Alguns outros programas como do João Kleber com a “máquina da verdade” têm utilizado uns instrumentos de fabrico caseiro que têm pouco em comum com um verdadeiro polígrafo profissional, a não ser que dizem medir o mesmo aspecto, verdade ou mentira.

O objetivo primordial da utilização do polígrafo na televisão tem sido de testar a honestidade dentro de um relacionamento realizando todo tipo de perguntas a um dos parceiros confrontando este ultimo, em direto, com o outro parceiro no platô da televisão ou para testar certos comportamentos de famosos ou privados durante as suas vidas.

Se a televisão e os filmes permitem divulgar este instrumento ao grande publico também distorce a realidade da sua aplicação em testes profissionais. Outra das consequências da utilização de este instrumento na indústria do entretenimento é a criação de sinônimos, “mais entendíveis” para o publico, como por exemplo: “máquina da verdade” ou “detector de mentiras”. O polígrafo na realidade não é nem uma máquina da verdade nem um detector de mentiras, mesmo se para simplificar a sua utilização muitas vezes se refere a realizar um teste da máquina da verdade ou um teste de detector de mentiras.

O instrumento utilizado se denomina polígrafo por uma razão simples: Polígrafo significa “poli=muitas; grafo=escrituras”. Este instrumento mede diferentes reações fisiológicas. Estas reações fisiológicas são transmitidas em forma de linhas onduladas num papel ou numa tela de um computador. Estas são as muitas escrituras às que se refere o termo polígrafo, a razão do nome “polígrafo”.

Psicofisiologo Forense
Psicofisiólogo Forense (Poligrafo Brasil)
A utilização do polígrafo na vida real excede sem dúvida a utilização deste instrumento na indústria do entretenimento. O polígrafo é normalmente utilizado por um técnico de polígrafo com uma formação extensa em psicofisiología forense, por esta razão os técnicos de polígrafo também muitas vezes se autodenominam “psicofisiologos forenses”. Estes profissionais são especialistas na realização de entrevistas de investigação, análise de comportamento verbal e não verbal, sabem utilizar e interpretar os resultados de um instrumento de polígrafo e realizar interrogatórios.

Estes conhecimentos podem aplicá-los em diferentes áreas e muitas entidades da nossa sociedade têm necessidade para um profissional com estes conhecimentos. Normalmente as agencias que mais recurrem a estes profissionais e instrumento são as agencias de inteligência de países, agencias da aplicação da ordem (policias federais, estatais, locais) e outras entidades de segurança publica. Nas últimas décadas, no entanto, a proliferação de estes conhecimentos a nível comercial também permitiu a empresas e particulares ter acesso a estes profissionais.
Por esta razão muitas empresas em todo o mundo utilizam este instrumento e os seus técnicos na hora de contratar funcionários para as suas empresas, mas também para testar a sua honestidade e confiabilidade quando algum ato negativo sucede na empresa como, por exemplo: roubo, furto, abuso de poder, fuga de informação confidencial etc.
Particulares também recurrem cada vez mais a testes do polígrafo para assuntos privados como testar a fidelidade ou infidelidade numa relação, investigar roubos, agressões sexuais, comportamento de empregados domésticos. etc.

De qualquer forma é importante perceber que um teste do polígrafo profissional realizado por um técnico de polígrafo a nível privado ou para empresas tem um procedimento diferente ao que se pode ver em filmes ou na televisão. É importante seguir este procedimento para garantir a fiabilidade de um teste do polígrafo e deixar o psicofisiólogo forense ou técnico do polígrafo realizar o sua profissão com respeito e confiança. O técnico do polígrafo é o profissional que melhor sabe como resolver um caso com um polígrafo, como realizar o teste e que também conhece as limitações de um teste do polígrafo. Portanto é importante perceber que não se pode esperar na hora de contratar um teste do polígrafo o mesmo processo que se observou num filme ou na televisão. Sem embargo com toda a certeza poderá chegar à mesma conclusão, visto que normalmente se recorre a testes de polígrafo porque que existe desconfiança no ceno familiar, privado ou numa empresa.
Definitivamente, um teste do polígrafo na vida real é diferente ao que se pode assistir nos mídias mas o resultado vem a ser o mesmo sempre e quando se deixa o poligrafista realizar o seu trabalho.

A seguir um vídeo com uma explicação bastante simples do funcionamento de um teste do polígrafo.