quarta-feira, 1 de maio de 2013

O polígrafo na TV no Brasil


Poligrafo em Hollywood
O polígrafo é um instrumento que não deixa ninguém indiferente. Todas as pessoas que alguma vez viram aplicar-se um teste de polígrafo parecem ter uma ideia sobre a utilização do polígrafo. Este instrumento, utilizado em diferentes filmes de Hollywood, deixando impacto em milhares de espectadores, assim como em diversos programas de televisão, promete descobrir se uma pessoa está dizendo a verdade ou a mentir. É natural que tenhamos uma opinião sobre um instrumento que diz detectar um comportamento com o qual cada ser humano é confrontado: o engano ou a mentira.

Existe, no entanto, uma grande diferença entre a utilização do polígrafo para programas da televisão, filmes de longa metragem e a aplicação de esta ciência na vida real. Se em filmes de Hollywood e na televisão estes instrumentos são utilizados como cenas de máxima tensão e onde a honestidade de uma pessoa é testada, na vida real um teste de polígrafo tem um procedimento estrito, definido e é realizado em toda privacidade.

Programa da Márcia
No Brasil, a utilização do polígrafo na televisão brasileira se tornou muito popular com programas como “Nada além da verdade”, apresentado por Carlos Roberto Massa na SBT ou o “Programa da Márcia”, apresentado por Márcia Goldschmidt na BAND. Alguns outros programas como do João Kleber com a “máquina da verdade” têm utilizado uns instrumentos de fabrico caseiro que têm pouco em comum com um verdadeiro polígrafo profissional, a não ser que dizem medir o mesmo aspecto, verdade ou mentira.

O objetivo primordial da utilização do polígrafo na televisão tem sido de testar a honestidade dentro de um relacionamento realizando todo tipo de perguntas a um dos parceiros confrontando este ultimo, em direto, com o outro parceiro no platô da televisão ou para testar certos comportamentos de famosos ou privados durante as suas vidas.

Se a televisão e os filmes permitem divulgar este instrumento ao grande publico também distorce a realidade da sua aplicação em testes profissionais. Outra das consequências da utilização de este instrumento na indústria do entretenimento é a criação de sinônimos, “mais entendíveis” para o publico, como por exemplo: “máquina da verdade” ou “detector de mentiras”. O polígrafo na realidade não é nem uma máquina da verdade nem um detector de mentiras, mesmo se para simplificar a sua utilização muitas vezes se refere a realizar um teste da máquina da verdade ou um teste de detector de mentiras.

O instrumento utilizado se denomina polígrafo por uma razão simples: Polígrafo significa “poli=muitas; grafo=escrituras”. Este instrumento mede diferentes reações fisiológicas. Estas reações fisiológicas são transmitidas em forma de linhas onduladas num papel ou numa tela de um computador. Estas são as muitas escrituras às que se refere o termo polígrafo, a razão do nome “polígrafo”.

Psicofisiologo Forense
Psicofisiólogo Forense (Poligrafo Brasil)
A utilização do polígrafo na vida real excede sem dúvida a utilização deste instrumento na indústria do entretenimento. O polígrafo é normalmente utilizado por um técnico de polígrafo com uma formação extensa em psicofisiología forense, por esta razão os técnicos de polígrafo também muitas vezes se autodenominam “psicofisiologos forenses”. Estes profissionais são especialistas na realização de entrevistas de investigação, análise de comportamento verbal e não verbal, sabem utilizar e interpretar os resultados de um instrumento de polígrafo e realizar interrogatórios.

Estes conhecimentos podem aplicá-los em diferentes áreas e muitas entidades da nossa sociedade têm necessidade para um profissional com estes conhecimentos. Normalmente as agencias que mais recurrem a estes profissionais e instrumento são as agencias de inteligência de países, agencias da aplicação da ordem (policias federais, estatais, locais) e outras entidades de segurança publica. Nas últimas décadas, no entanto, a proliferação de estes conhecimentos a nível comercial também permitiu a empresas e particulares ter acesso a estes profissionais.
Por esta razão muitas empresas em todo o mundo utilizam este instrumento e os seus técnicos na hora de contratar funcionários para as suas empresas, mas também para testar a sua honestidade e confiabilidade quando algum ato negativo sucede na empresa como, por exemplo: roubo, furto, abuso de poder, fuga de informação confidencial etc.
Particulares também recurrem cada vez mais a testes do polígrafo para assuntos privados como testar a fidelidade ou infidelidade numa relação, investigar roubos, agressões sexuais, comportamento de empregados domésticos. etc.

De qualquer forma é importante perceber que um teste do polígrafo profissional realizado por um técnico de polígrafo a nível privado ou para empresas tem um procedimento diferente ao que se pode ver em filmes ou na televisão. É importante seguir este procedimento para garantir a fiabilidade de um teste do polígrafo e deixar o psicofisiólogo forense ou técnico do polígrafo realizar o sua profissão com respeito e confiança. O técnico do polígrafo é o profissional que melhor sabe como resolver um caso com um polígrafo, como realizar o teste e que também conhece as limitações de um teste do polígrafo. Portanto é importante perceber que não se pode esperar na hora de contratar um teste do polígrafo o mesmo processo que se observou num filme ou na televisão. Sem embargo com toda a certeza poderá chegar à mesma conclusão, visto que normalmente se recorre a testes de polígrafo porque que existe desconfiança no ceno familiar, privado ou numa empresa.
Definitivamente, um teste do polígrafo na vida real é diferente ao que se pode assistir nos mídias mas o resultado vem a ser o mesmo sempre e quando se deixa o poligrafista realizar o seu trabalho.

A seguir um vídeo com uma explicação bastante simples do funcionamento de um teste do polígrafo.

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